films

2 & 3, February 2012
PERSEPOLIS (2007)


reviews and news:

«Persepolis is the poignant story of a young girl in Iran during the Islamic Revolution. It is through the eyes of precocious and outspoken nine year old Marjane that we see (...) » - read further and watch the film's trailer here
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 LAND OF PLENTY (Terra de Abundância) , by Wim Wenders

Legendary film director Wim Wenders visited the European Parliament for discussions with MEPs on Film and European identities: interview

Culture | 12.10.2004
Attacking the "Land of Plenty" 
German film director Wim Wenders has never been known to make easy to digest movies. His latest work "Land of Plenty," which just opened in Germany, takes a critical look at post-9/11 America. - read further


interview with Wim Wenders about "Land of Plenty": here

issues for research:
  • the Vietnam war and the Hippie movement
  • the Cold War
    •  the Israelian - Palestinian conflict
    • 9/11 and the theory of conspiracy
    • immigration in the USA
    • discrimination / civil rights
    • the Civil Rights Movement in the 1960s
    published by AL
     
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    LOST IN TRANSLATION  ("O Amor É Um Lugar Estranho")

    Realização e Argumento: Sofia Coppola.
    Elenco: Bill Murray, Scarlett Johansson, Giovanni Ribisi, Anna Faris.
    Nacionalidade: EUA/Japão, 2003.

    Exercises:
    1. Translate the review below into English
    2.  Give your own opinion on the film

    Pegando no título original, Lost in Translation faz-nos realmente sentir perdidos na tradução. Não a tradução entre o inglês e o japonês, um jogo que nos dá alguns dos momentos mais divertidos; mas a tradução entre o mundo e cada um de nós como parte desse todo. O sentimento de inadequação e desgarramento não está dependente da acção se desenrolar em Tóquio, mas do facto de se terem esquecido de dar a Charlotte e a Bob um dicionário que os ajude a compreender esse idioma estranho com que o mundo e a sociedade lhes falam. A não comunicação de ambos com os seus respetivos parceiros evidencia isso mesmo: o marido fotógrafo de Charlotte basicamente esquece-se dela durante todo o dia, e Bob encontra-se bastante mais longe da sua companheira que os quilómetros que fisicamente os separam.

    Mas, no fim, fica a vontade de não encontrar sequer esse papel pré-definido, a vontade de inventar o seu próprio caminho, a sua própria linguagem que, num segredo sussurrado, deixa o espectador a procurar no seu íntimo o desfecho da história, a explicação.

    Custa classificar este filme como comédia. Sim, sorrimos muitas vezes, e uma gargalhada ou outra será inevitável, mas a tristeza está tão impregnada nos silêncios e nos olhares que é difícil não repararmos nela. Um pouco como o contraste de cor entre a Tóquio de noite, com os seus garridos néons, os seus ensurdecedores karaokes, e animação descontrolada; e a Tóquio de dia, de cores suaves de pastel esbatido, dos templos budistas, de uma cidade que se cala para trabalhar e se fecha num quarto de hotel.

    O ritmo do filme é como uma respiração, acompanhando a exasperação e o cansaço dos personagens, a sua euforia e a sua descoberta, em duas interpretações magistrais, de contenção expressiva, por parte de Scarlett Johansson, uma das actrizes do ano, e a comicidade trágica de Bill Murray, num dos seus melhores registos de sempre.

    Na identificação de um momento, o elemento que os une (a nacionalidade, o idioma comum, a estranheza do contexto) serve de ajuda a essa busca de um sentido que, naquela semana, parece resumir a preocupação de toda uma vida. E assistimos à construção, em pequenos detalhes, de um amor que é identificação, compreensão, aceitação. Um sentimento que não precisa de tradução. E como completa a voz de Brian Ferry, no momento mais emotivo do filme: “More than this, there is nothing…”

    published by AL
    added by André G.

    reviews by: 
    André Gonçalves, Francisco, Milton ... so far.... (I hope..)
    (on the respective personal pages)